quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Saudações - Sind-Rede/BH


O Sind-Rede/BH deseja a toda categoria um ano repleto de conquistas. Estaremos juntos na luta por melhores salários, condições de trabalho e educação de qualidade.

2010 foi o ano da retomada das lutas. Saímos às ruas para reivindicar nossos direitos e o sindicato esteve sempre presente na organização dos trabalhadores.

Esperamos que, em 2011, possamos continuar nossa batalha. Para isto, precisamos reabastecer nossas energias e passarmos um natal e um ano-novo com muita alegria e disposição. Afinal, é dela que precisaremos para nos garantirmos firmes e fortes por um novo ano com mais conquistas.

Saudações fraternais,

Boas Festas
Diretoria Colegiada

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Creche espaço de aprendizagem

Silvia Ulisses de Jesus é professora da UMEI Pedreira Prado Lopes, na capital mineira. As educadoras e também diretoras do SindRede foram bater um papo com ela para saber mais sobre o projeto e, claro, parabenizá-la pelo prêmio tão merecido.

Sobre o Prêmio Victor Civitta

Concorrem professores da rede pública e privada, da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental. Ao longo das 13 edições do prêmio, já passaram mais de 40 mil inscrições. Trata-se de uma referência em pesquisa de projetos educacionais.

O projeto de Silvia "Creche: um espaço de aprendizagem" é voltado para crianças de 0 a 3 anos e tem como objetivo unir duas dimensões: cuidar e educar.

Para auxiliar os bebês a se conhecer e a explorar o mundo, ela planejou um conjunto de atividades: desenho, pintura, interação com o espelho e um tapete de sensações, músicas e imitação de gestos, movimentação pela sala e experimentação de sabores.

JR: Qual foi a sensação de ganhar um prêmio tão concorrido?

Foi maravilhosa. Foram três meses de pesquisa e dedicação para chegar até aqui. Trabalho três turnos, dou aula na Ed. Infantil e no Ensino Médio, e em escola particular também. Mas minha paixão são os bebês.

JR: Por que escolheu a faixa etária de 0 a 3 anos?

Não há uma proposta pedagógica efetiva para os bebês. As pessoas pensam que é só cuidar e pronto. E não é. Nesta fase, a criança pode aprender muito.

JR: Você acha que a creche pública hoje é eficiente?

Não é. Não tem creche para todas as crianças, falta infra-estrutura básica, os professores não são valorizados. E, mais do que isto, a educação infantil como um todo ainda não é valorizada quanto merece.

JR: Que recado você deixaria para o poder público?

Nenhum país que faz segmentação entre ensino infantil, médio e fundamental consegue avançar. Todos os países que se desenvolveram investiram no professor e na educação como um todo.

Veja o recado completo da Educadora aqui



domingo, 19 de dezembro de 2010

J'CUSE

Olá a Todas e Todos!

Encaminho email que recebi de Vânia Souza (EM Salgado Filho).

Autor: Igor Pantuzza Wildmann

J'CUSE
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Projeto da PBH reduz verba para educação

Proposta do prefeito de Belo Horizonte altera a base de cálculo dos recursos destinados ao ensino público

Lucca Figueiredo - Repórter - 16/12/2010 - 09:34

A educação pode ter verbas reduzidas a partir do ano que vem na capital mineira. Pelo menos é o que garante o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH).

Segundo integrantes do grupo, tramita na Câmara Municipal, já em segundo turno, uma proposta que altera a base de cálculo para a destinação dos recursos. Além disso, o dinheiro poderá ser usado de outras formas, comprometendo o repasse direto e o investimento nas escolas e na formação dos alunos.

A matéria encaminhada pelo Executivo pretende alterar o artigo 160 da Lei Orgânica de Belo Horizonte. O texto passa atualmente pelas comissões temáticas da Câmara Municipal porque recebeu emendas. Com o fim das reuniões ordinárias, ontem, a matéria deve voltar a ser analisada nas sessões extras, marcadas para começar na próxima semana.

Um dos pontos de preocupação do Sind-Rede/BH é em relação ao cálculo do valor destinado à educação. Atualmente, 30% da receita orçamentária apurada pela prefeitura são destinados à educação. No texto apresentado pelo governo, a intenção é utilizar o mesmo percentual, mas com base nos impostos arrecadados, o que poderá representar um valor menor.

Segundo cálculos do movimento popular Nossa BH, o orçamento da Educação neste ano girou em torno de R$ 1,5 bilhão, e se a emenda for aprovada pode haver uma redução de até R$ 500 milhões no valor a partir de 2011.

A proposta autoriza outros gastos com o dinheiro. Entre eles, o custeio de programas que utilizam o espaço das escolas fora do horário de aula e os custos de produção e divulgação de campanhas educativas coordenadas pela prefeitura.

Para a diretora do Sind-Rede/BH, Vanessa Portugal, o governo pretende alterar o texto para tentar criar formas de burlar a legislação. “As áreas da saúde e educação têm verbas previstas dentro do orçamento. A determinação existe para atender as necessidades da população. Agora querem mudar. Isso é ilegal”, afirmou.

Já o vereador Fred Costa (PHS), único a votar contra a alteração em primeiro turno no plenário da Câmara, considera a tentativa de mudança um abuso por parte do Executivo. “É inadmissível que seja aprovada uma proposta para diminuir o recurso que será investido na educação. Na verdade, temos que priorizar estes investimentos e não reduzir. É um descumprimento da lei federal. A forma como o texto está colocado mexe nos recursos da educação, já que aumenta o numero de formas de distribuição”, criticou.

Para evitar a aprovação do texto, representantes das classes ligadas à educação vão começar hoje na Câmara Municipal uma campanha de mobilização. A intenção é retirar a matéria antes da votação em segundo turno. “Contamos também com o apoio popular. Só assim será possível reverter o quadro. Já procuramos os vereadores, e queremos que o projeto seja retirado da pauta. É preciso que haja uma discussão com a classe antes de qualquer alteração”, afirmou Vanessa Portugal.

O líder do Governo na Câmara, vereador Paulo Lamac (PT), minimizou a denúncia apresentada. “O projeto é importante porque disciplina os recursos da educação. É importante deixar claro quais programas serão beneficiados com o dinheiro, como por exemplo o Escola Aberta e a educação em tempo integral. Não há nada de irregular no texto ou na forma como a matéria será analisada”. Lamac disse estar confiante na aprovação do texto, que deve voltar ao plenário até o dia 23 deste mês.

Mudança interfere na aprovação de contas

A alteração na lei orgânica proposta pelo Executivo na área da educação pode perdoar possíveis erros de gestões passadas. Segundo o Sind-rede/BH, a medida pretende aprovar as contas da prefeitura desde 2000.

Se isso ocorrer, possíveis irregularidades – como o não cumprimento do repasse de 30% da receita – serão esquecidas. De acordo com Vanessa Portugal, cerca de 19% dos valores que deveriam ser repassados chegam aos cofres da área. “Há anos não tem o repasse integral”.

Projetos da PBH só nas extraordinárias

O vereador Paulo Lamac (PT), negou a irregularidade. “Belo Horizonte aplica o valor estipulado, que é inclusive superior ao que é previsto em lei. A capital mineira é uma das poucas cidades que consegue fazer isso no país”.

A votação das propostas do Executivo ficou para as reuniões extraordinárias, que começam na próxima semana. Ontem, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) se reuniu com Lamac e vereadores do PMDB, para articular a votação da proposta que autoriza uma reforma administrativa no município.



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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CMBH: Avanço e Sinal de Alerta

Olá a Todas e Todos!

Abaixo, um informe rápido do que aconteu na Câmara Municipal de Belo Horizonte/MG neste início de semana.
Avanço:

Depois de 2 anos de luta e ações políticas e judiciais em Belo Horizonte, finalmente, a Câmara Municipal aprovou, ontem (13/12/10), o Projeto de Lei 1081/10, de autoria do Executivo, que recepciona a Lei Federal nº 11.770, de 09 de setembro de 2008, no âmbito da Administração direta e indreta do Poder Executivo do Município, estendendo a licença maternidade das servidoras municipais para 180 dias. Agora temos que acompanhar os efeitos de retroatividade desta legislação após ser sancionada pelo Prefeito.

Sinal de Alerta:

Agora a atenção deve ser redobrada, pois foi aprovado, em 1º turno, a Proposta de Emenda à Lei Orgânica (PELO) 07/10, de autoria do Executivo, que dá nova redação ao Artigo 160 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, que dispõe que “O Município aplicará, anualmente, nunca menos de trinta por cento da receita orçamentária corrente exclusivamente na manutenção e expansão do ensino público municipal”. A mudança do termo: "nunca menos" por "pelo menos", com um argumento de "compatibilizar a diferença percentual à LDBEN" acaba por desrespeitar o que foi uma luta histórica dos movimentos sociais de BH em prol de um investimento significativo para educação. Também, existe uma emenda a esta Proposta que inseri uma retroatividade à partir de janeiro de 2000 (será uma justificativa para as(os) Conselheiras(os) do FUNDEB e o Ministério Público?). 

Um abraço,
Wanderson Rocha



sábado, 11 de dezembro de 2010

Kássio Vinícius


 Violência nas escolas

O Sind-Rede/BH solidariza-se com os familiares do professor Kássio Vinícius, vítima de uma facada feita por seu aluno, na faculdade Isabela Hendrix. Kássio era casado com a também professora Simone, da Escola Municipal Salgado Filho.

O sindicato está à frente em defesa da categoria. Não admitimos que esta realidade se repita nas escolas.

A realidade nas escolas
 
Para entender o processo que leva a este tipo de manchete nos jornais é preciso aprofundar um pouco mais na raiz da questão. 

Em primeiro lugar, os professores sofrem vários tipos de violência. Desde as mais explícitas, como no caso de Kássio, mas também de cunho psicológico. Esta última resulta em doenças graves como Burnout, afastamentos, exonerações e uso constante de remédios tarja preta. 

Monica Mainarte, diretora do Sind-Rede/BH, explica a situação: "A violência nas escolas existe e está aumentando. É muito difícil termos dados precisos, pois há uma cultura de não se registrar queixas , abafar o caso e tentar resolver dentro da própria escola. O que aparece na mídia é só a ponta do iceberg". Mesmo assim, o sindicato recebe queixas constantes de professores que são violentados não só física, mas também psicologicamente.

Luiz Roberti, professor e diretor do Sind-Rede/BH, acrescenta que não é só uma questão de alunos versus professores: "o poder público tem aumentado as atribuições e a culpabilização da educação nas costas dos professores tornando-o alvos de ataques tanto do sistema quanto dos próprios alunos". Portanto, segundo os diretores, ao colocar todos os problemas nas costas dos docentes, o poder público consegue tirar o foco da falta de investimento no setor. 

O caso é grave: "Se o professor resolver prestar queixa na Corregedoria, o processo acaba voltando contra ele", explica Mainarte. Ela ainda conta o caso de uma professora que levou uma carteirada de um aluno, teve traumatismo craniano e ainda foi acusada de perseguição. "Não há um suporte da justiça nem da prefeitura, nestes casos. O professor fica totalmente desamparado", salienta Roberti. 

Em casos de violência, os diretores orientam a chamar a guarda municipal, a polícia e o conselho tutelar para não haver riscos de exagero por nenhuma das partes (tanto do agressor quanto do agredido). O sindicato está à disposição para quaisquer dúvidas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Readaptação Funcional RME/BH 2010


Participe! Será dia 10 de dezembro, às 14hs, no Sind-Rede/BH.

A pauta será o encaminhamento das férias de 2011 e informes gerais.

Endereço: Avenida Amazonas, 491 - 10º andar.