quinta-feira, 31 de maio de 2012

Urgente: Informes Sind-Rede/BH - Maio/2012

Fonte: Sind-Rede/BH

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Sind Rede BH RMBH<imprensadarede@gmail.com>
Data: 31 de maio de 2012 15:14
Assunto: Informações para Representantes de Escolas e UMEIs
Para: Coletivo Fortalecer


  • Seguirá por malote um cartaz para os Auxiliares Terceirizados
  • AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A PBH publicou a progressão por avaliação de desempenho a partir de março/12.

O Sindicato levou para Reunião de Negociação e a Secretaria de Recursos Humanos casos de pessoas que nos procuraram para reclamar a cerca da não publicação de seus nomes, nos foi informado que possíveis erros serão corrigidos com publicações de efeito financeiro para março de 2012, portanto quem se enquadrar no caso, deverá procurar o Sindicato e informar a sua situação.

Para saber se seu nome foi publicado, veja no site do Sind-REDE/BH:
  • Boicote às Avaliações de Agosto
A assembleia votou e aprovou um boicote da categoria às avaliações externas previstas para agosto. O objetivo é começar a resistência às estratégias neoliberais da SMED para reduzir o significado da educação pública a meros descritores e índices estatísticos oficiais. http://www.redebh.com.br/crbst_215.html
  • URGENTE!!! 
EDUCAÇÃO INFANTIL - ATIVIDADE NA CÂMARA MUNICIPAL 
AMANHÃ - 1/06/12
14 HORAS

ESCLARECIMENTOS:

1º O projeto de Lei 2068/12 não avança na carreira das professoras da educação infantil;

2º As educadoras não devem assinar o abaixo assinado a favor do PL, conforme orientação da SMED;

3º A exoneração no 2º BM não é uma possibilidade;

4º Segundo informação da própria SMED (secretário adjunto Afonso Celso), não existe ameaça de demissão;

5º Qualquer pessoa que fez  essa ameaça deve ser denunciada para tomarmos as devidas providências.


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Departamento de Comunicação e Imprensa do Sind-REDE/BH
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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Por que não haverá Frente de Esquerda em BH?

Por que não haverá Frente de Esquerda em BH?

Carta aos Movimentos Sociais de BH - O PSTU iniciará debate para a construção de um programa dos trabalhadores para BH

As eleições municipais estão se aproximando e será mais um momento de disputa entre projetos políticos. De um lado os poderosos divididos entre as candidaturas do prefeito Marcio Lacerda e as da oposição de direita expressa pelos partidos PMDB, PV e PDT. Todos eles em alguma medida apoiados por Anastásia e Dilma e financiados pelas empreiteiras, por banqueiros, empresários do transporte coletivo, dentre outros.

Pelo campo dos trabalhadores sairemos divididos, pois infelizmente não logrou a formação da Frente de Esquerda.

Queremos expressar através desta carta as razões da divisão e a proposta que o PSTU irá encaminhar a partir desta realidade.

Desde 2011 vimos fazendo um chamado ao Psol e PCB pela construção de uma Frente de Esquerda com um programa classista e socialista para enfrentar Márcio Lacerda e demais candidatos burgueses nas eleições municipais.

Inicialmente os companheiros do Psol e PCB receberam bem esta proposta, colocando que havia realmente a necessidade da Frente, mas nos pediram que esperássemos até que eles tivessem uma definição interna a este respeito para que pudéssemos voltar a conversar.

Somente em março de 2012 é que os companheiros nos deram um retorno a este respeito, e surpreendentemente nos disseram que já tinham uma aliança eleitoral fechada entre si, Psol e PCB, e justificaram a nossa exclusão afirmando que o PSTU já havia lançado a candidatura de Vanessa Portugal para prefeita (o que não ocorreu). Disseram-nos que a partir disso cada um deveria seguir o seu caminho, pois não haveria mais possibilidades de uma frente conosco.

Através de uma carta às lideranças dos movimentos sociais, reafirmamos que o nome de Vanessa estava à disposição e dissemos que a questão do nome a encabeçar a Frente poderia ser definido em um fórum democrático dos movimentos sociais. Insistimos com a proposta da Frente e através da movimentação de algumas lideranças, em especial o Movimento Pró-Frente, e diante disso tanto Psol como PCB concordaram em realizar novas reuniões, mas em todas elas disseram que a possibilidade da frente era pequena, pois já estavam com uma aliança Psol-PCB-PCR em andamento, e não demonstraram disposição de realizar um encontro democrático dos movimentos sociais para definição das candidaturas.

Posteriormente, os companheiros avançaram em seus encaminhamentos, já definindo os nomes para encabeçar sua aliança. Fizeram duas reuniões públicas e estão constituindo organismos, como coordenação, equipe de programa, de finanças, etc.

Na última reunião com as lideranças do Movimento Pró-frente na qual estávamos presentes reafirmaram com todas as letras que "as definições já estavam tomadas", "que a cabeça de chapa é importante para o Psol" e que "se o PSTU quiser poderia aderir à frente e lançar candidatura proporcional".

Infelizmente chegamos então a um limite intransponível, pois a unidade eleitoral requer abertura para o diálogo e para o entendimento, postura diametralmente oposta a que os companheiros do Psol e do PCB assumiram até o momento.

Sendo assim, a nossa conclusão é que infelizmente não há mais possibilidade de uma frente de esquerda em BH, já que os companheiros não demonstraram disposição de discutir e definir as questões fundamentais conosco e com os demais movimentos, nos colocando como únicas opções a adesão pura e simples ou o lançamento de uma candidatura própria.

Queremos agradecer a todas as lideranças que compreenderam o momento atual e a necessidade da unidade nas eleições e se somaram a este esforço pela construção da frente e dizer que a luta nossa enquanto povo pobre e trabalhador continuará colocando este desafio da unidade.

A partir deste cenário o PSTU e lideranças dos movimentos sindicais, populares e estudantis, estarão realizando uma plenária para discussão de um programa que resgate as bandeiras imediatas e históricas construídas pelos trabalhadores e pelo movimento popular para as eleições de 2012.

Desde já fazemos um convite aos ativistas e lideranças a virem a construir conosco uma alternativa de esquerda e socialista para governar BH. Será dia 31 de maio, quinta-feira, às 18h no Sind-Rede (Av. Amazonas, 491,10º andar, centro). Todos os lutadores e lutadoras estão convidados.

PSTU
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Belo Horizonte, 24 de maio de 2012.

sábado, 26 de maio de 2012

Nota de Falecimento


Olá a Todas e Todos,
utilizo este espaço para informar o falecimento do Pai do professor da RME/BH, diretor do Sind-Rede/BH e amigo Fábio Parente.
Tive a oportunidade e a satisfação de ter conhecido o seu pai, o Dr. Francisco Rodrigues Parente, filho de sapateiro, foi o primeiro dermatologista da cidade de Nova Iguaçu/Rio de Janeiro.
Fábio, força neste momento difícil.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Opinião Jornal Hoje em Dia - 25/05/2012

Do Leitor - Derrota de Lacerda
Hoje em Dia - Belo Horizonte - MG - 1º Caderno
Página: 13 - Sexta-feira, 25 de maio de 2012

 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Previdência: Conselho de Administração BH

Olá a Todas e Todos,

ontem «23/05 às10h» participei da reunião ordinária do Conselho de Administração do Regime Próprio de Previdência (RPPS) e discutimos os seguintes pontos:
  • Análise e aprovação da Ata da última reunião;
  • Análise e aprovação do Regimento Interno.
Aprovamos a Ata, com alguns destaques nas redundâncias, e em seguida discutimos a proposta de minuta de Regimento Interno construída pelo grupo de trabalho, do qual participei.
O Regimento foi aprovado, sendo que solicitei o registro em Ata, conforme documento abaixo, da carta aos conselheiros, elaborada por mim, sobre o não recebimento da Gratificação pela Participação em Órgão de Deliberação Coletiva (JETON), conforme previsão legal. Ou seja, acatando a deliberação de nossa Assembleia Geral «19/04» pedi dispensa do recebimeno de tal remuneração (10% do subsídio de um Secretário Municipal).

Na última reunião reforcei a solicitação realizada pela Neide Resende «ela estava provisoriamente no Conselho de Administração» sobre uma ação de penhora do bens da BEPREM (ação movida por um ex-trabalhador do Lagoa Acqua Park). Recebi uma cópia do processo «0002248-87.2011.503.0019 da 19ª Vara do Trabalho de BH» em que o juiz tornou sem efeito a penhora, pois houve concordância do Réu com os cálculos apresentados pela PBH. Irei disponibilizar cópia para o Sind-Rede/BH.
Ao final da reunião foi apresentada a seguinte situação pelo presidente do Conselho de Administração do RPPS, Paulo Bretas: um dos nossos imóveis, localizado na rua Jaguarão/Bairro Lagoinha, estava abandonado e sendo utilizado como ponto de drogas e atos sexuais, além de encontrarem uma pessoa morta neste local. Neste sentido, foi comunicado que agora há vigilância do local, através da guarda municipal, foi realizada uma limpeza, e, posteriormente, será colocado um portão e o muro será aumentado. Depois, iniciamos rapidamente a discussão sobre a cobrança de 33% (11% servidor e 22% patronal) aos servidores em licença sem vencimento «particular e aperefeiçoamento», sendo que ficou definido um debate sobre esta situação na próxima reunião.

A próxima reunião será no dia 12 (doze) de junho, terça-feira), às 10h na PBH. Discutiremos também a situação de todos os nossos imóveis e a Lei 10.362/11, que dispõe sobre o Regimento Interno do Conselho de Administração do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Belo Horizonte.
Obs.: O acesso às informações  sobre a nossa previdências, além do Sind-Rede/BH, pode ser feita na seguinte página da internet:
Ou o portal da PBH: clicar em SALA DO SERVIDOR e depois GESTÃO PREVIDENCIÁRIA.
Um abraço,
Wanderson Rocha
Conselheiro eleito para o Conselho de Administração do RPPS

Abaixo, documento apresentado, com solicitação de registro em Ata.




terça-feira, 22 de maio de 2012

Urgente: Ed. Infantil - 22/05/2012

Mobilização da Educação Infantil derrota o Projeto 2068/2012

Hoje na Câmara foi um dia histórico para a Educação Infantil! Após as manobras do líder do governo “Caixeta” para colocar a emenda do governo (05) em prioridade de votação. O projeto 2068/12, e sua emenda nº 05, foram REJEITADAS pela maioria dos vereadores em 2º turno na Câmara! Devido a forte mobilização das professoras da Educação Infantil a PBH sofreu uma importante derrota! É verdade que o substitutivo nº 04, que foi construído pela categoria e contempla a carreira também foi derrotado. No entanto, o prefeito agora tem uma batata quente nas mãos! Precisa regularizar a situação da Educação Infantil, pois o Ministério Público exige que na Educação Infantil só trabalhe professoras, inclusive nas UMEIS!

Além disso, teremos uma frente de luta e pressão dentro da comissão paritária para elaboração de uma carreira da educação infantil, surgida nas negociações durante a greve no MP.

Portanto, é hora de discutirmos nas UMEIS e nas escolas quais serão os próximos passos. É sabido por toda a cidade e pela PBH que exigimos a UNIFICAÇÃO da carreira e não aceitamos migalhas!
Parabéns professoras da educação infantil! A greve valeu!a luta continua num patamar mais alto de organização e mobilização! UNIFICAÇÃO DA CARREIRA JÁ!!!

Ps: Um grande numero de funcionários de confiança a SMED estiveram presentes nas galerias da Câmara. Será que eles estavam lá, em horário de trabalho, para apoio da nossa emenda 04 que unifica nossa carreira?
Fonte: Sind-Rede/BH

Seminário OLT (Organização no Local de Trabalho) - Sind-Rede/BH - Maio/2012

PROGRAMAÇÃO

MANHÃ
8h - Café
8:30 - ABERTURA

MESA: Concepções e papel das OLTs no contexto atual das lutas dos trabalhadores

8:40 - Nazareno Godeiro (Pesquisador do Ilaese)
9:20 - Nando (Profº de Sociologia da Rede Estadual de SP, representante de escola da APEOESP)
10:00 - Rosilene Horta (Coordenadora do Núcleo Praxis da FAE/UFMG) 
10:40 - Debate na plenária
11:30 - Fechamento da Mesa
12:00 - Almoço

TARDE

MESA: Experiêcias de organização dos trabalhadores da Rede Municipal de BH

13:00 - Luiz Henrique (Profº da RMBH, diretor do sind-REDE/BH) Pontos do seminário de OLT da diretoria
13:30 - Pedro Valadares (Profº da Rede Municipal de BH) História da organização da base dos sindicatos da Rede Municipal.
14:00 - Relatos de experiências de organização das escolas e Umeis.
14:45 - Trabalhos em grupos: realidade, desafios e ações para avançar a OLT nas escolas e Umeis.
15:45 - Café
16:00 - Plenária de apresentação dos grupos e definição de ações
16:55 - Encerramento.

Nova Lima e Contagem liberam participação no Seminário
As Secretarias Municipais de Educação de Contagem e Nova Lima atenderam a solicitação do Sind-REDE em liberar os profissionais que trabalham simultaneamente nessas redes e em BH para a participação em nosso seminário de OLT. A condição colocada pelas secretarias é que o sindicato envie os nomes das pessoas que efetivamente se inscreverem. As pessoas dessas redes que trabalhem também em BH que quizerem se inscrever devem informar sobre essa lotação na hora da inscrição.
INSCREVA-SE
Ligue para o Sindicato 3226-3142 ou mande e-mail para redebh@redebh.com.br
Informe: Nome, Escola/UMEI, telefone pessoal, e-mail.
É preciso fortalecer a organização da categoria nos locais de trabalho.
Ao longo dos anos e principalmente após a expropriação das reuniões pedagógicas por parte da SMED, a categoria tem perdido força dentro das escolas.
A SMED vem buscando avançar suas garras para dentro das escolas e até mesmo para dentro das salas de aula com os diversos instrumentos de controle.
Do ponto de vista da estrutura, vem intensificando o trabalho, com novas demandas, sobretudo operativas, tomando tempo do planejamento e da elaboração intelectual dos professores. Isto se dá principalmente com as atividades relacionadas com as avaliações externas, mas também com as formações determinadas pela SMED e Gered’s. Sem o tempo coletivo e autônomo dos professores e dos demais trabalhadores da escola, fica fácil para os gestores imporem suas prescrições e o controle das execuções do trabalho.
Ficamos isolados em nossas escolas e encarcerados em nossas salas e horários. Não só ficamos expostos às acompanhantes (feitoras) de escolas, mas, estamos perdendo espaço junto às direções das escolas, que ficam a mercê dos gestores, pois, os coletivos não conseguem mais dar suporte e exigir das direções posicionamentos definidos pelas comunidades e pelos trabalhadores.
Agora a SMED tenta ampliar esse controle inserindo um formato de coordenação e de “escolha” desses coordenadores. A SMED quer que os coordenadores se transformem nos guardiões da sua política pedagógica dentro da escola. Vêm fazendo reuniões de formação e recolhendo informações sobre os profissionais através dos coordenadores.
A SMED a cada nova política nefasta de pracarização das condições de trabalho e da educação, conta com uma adesão previsível de adesão individual de pessoas da categoria que acabam por se submeter as políticas e programas oficiais devido a vantagens pessoais relativas.
Diante disso, temos sofrido na verdade uma forma de alienação do nosso trabalho, pois perdemos o controle das nossas ações e do estabelecimento dos nossos objetivos políticos e pedagógicos. A resposta que temos de construir, além de uma organização sindical forte é nosso fortalecimento em cada local de trabalho, em cada escola.
Precisamos voltar a ter grupos fortes em cada escola para definir os rumos do traalho político – pedagógico voltado para a classe trabalhadora que atendemos e construir as armas necessárias para enfrentar a SMED/PBH.
Em maio faremos o seminário de OLT, com os representantes e demais interessados, para debater formas de fortalecimento da categoria em cada local de trabalho.
Sua escola/umei não pode ficar de fora, tentem fazer com que o maior número possível de pessoas consigam participar, será um seminário o dia todo e por sabermos que tem pessoas em outras redes, pediremos a liberação nominalmente, se for necessário, por isso precisamos que as inscrições sejam feitas com antecedência.
Fonte: Sind-Rede/BH

domingo, 20 de maio de 2012

Informes Sind-Rede/BH - Maio/2012

Informes da reunião de negociação com a SMED
18/05/2012

1)Educação Infantil:
- As escolas e Umeis devem elaborar seus calendários de acordo com as possibilidades e as necessidades de cada unidade escolar. Os calendários devem ser aprovados pelos colegiados e pelas assembleias escolares. Os calendários que tiverem dias em desacordo com a portaria serão analisados e negociados individualmente pela SMED.
- Será agendado para a próxima semana, reunião para discussão das orientações enviadas pela SMED relativas a greve e a sobre a formação da comissão de estudo e proposição sobre a carreira da educação infantil.
2) Corte de ponto e reposição dos dias paralisados no ensino fundamental:
- A SMED irá construir portaria regulamentando a reposição. Todas as orientações dadas nas escolas em nome do GAVFE até agora devem ser desconsideradas, pois, de acordo com a responsável pelo setor não existe ainda nenhuma orientação oficial da secretaria.
- A PBH irá fazer uma ordem de pagamento para o dia 21 de junho referente ao salário dos dias cortados. Apesar da insistência do Sind-Rede para que se efetivasse o pagamento ainda no mês corrente a PBH colocou que não é possível nem para o próximo contracheque pois o processamento já foi fechado.
3) Cobrança previdenciária de quem está de licença sem vencimentos: O Sind-Rede vai apresentar uma defesa administrativa em nome das entidades dos servidores, a PBH ficou de analisar e marcar uma reunião de negociação sobre esse ponto. Vamos efetivar essa defesa o mais rápido possível.
4) Progressão pela avaliação de desempenho: Quem não teve a progressão deve comunicar com o sindicato e informar a razão da não progressão para ser analisada.


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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Professor Coordenador Pedagógico da RME/BH


Texto inicial sobre a discussão do Professor Coordenador Pedagógico na RME/BH[1]



                As sensações são derivadas de ações, gestos ou palavras que nos levam a deduzir que algo está sendo modificado. Estas mudanças, de alguma forma, acabam por nos atingir. Se para o bem ou para o mal é uma questão de identidade com o que somos e o que queremos. Segundo Paulo Freire a educação necessária para a prática docente que liberta e transforma a sociedade é aquela que é construída de forma autônoma, com respeito à liberdade e com um amadurecimento crítico. Assim, a educação escolar, realizada no "chão da escola", precisa ser entendida como um trabalho docente que vai além da sala de aula, estreitando seus laços com a coordenação pedagógica e direção da escola. Ela se manifesta nos diferentes sujeitos escolares e se apresenta como uma forma de intervir no mundo e  "para que a educação não fosse uma forma política de intervenção no mundo era indispensável que o mundo em que ela se desse não fosse humano" (FREIRE, p.69)[2].

            Então é preciso falar sobre um professor que possui destaque no fazer pedagógico das escolas, que possui diferentes representações, mas que está cada dia mais sendo foco das políticas de intervenção da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED/BH): o professor coordenador pedagógico. E o resultado dessas políticas aprofunda o que de pior pode acontecer a um professor: ter a sensação de não poder mais controlar o seu trabalho, o seu fazer pedagógico.

Recentemente, observamos que a SMED/BH está intensificando o controle sobre o trabalho docente seja através do quantitativo das avaliações externas[3] nas escolas, seja pelas planilhas de planejamento. Se por um lado os acompanhantes pedagógicos surgiram para executar tal controle sobre a rotina do trabalho docente, por outro a SMED/BH sinaliza para a utilização do professor coordenador pedagógico como mais um elemento a serviço desse controle.

As escolas estão sofrendo uma forte ingerência por parte da SMED/BH, pois as instâncias democráticas de deliberação, como o Colegiado e a Assembleia Escolar, são desrespeitadas quando há uma imposição externa para a mudança da organização escolar. Como exemplo disso, tivemos recentemente a obrigatoriedade de aplicação do Avalia/BH «prova diagnóstica» sem consultar a comunidade escolar, justamente no período em que as escolas estavam se organizando para as avaliações internas do primeiro trimestre. Muitas direções de escola e professores coordenadores pedagógicos aceitaram está interferência externa sem construir conjuntamente um espaço de resistência e reflexão sobre tal imposição da SMED/BH.

A cada momento fica mais evidente a pretensão da SMED/BH em transformar o professor coordenador pedagógico numa espécie de "gerente educacional" impulsionado pela obcessão de cumprir metas e indicadores de qualidade, incorporando e transferindo dessa forma, mesmo que inconscientemente, o sentimento responsabilização pelo desempenho alcançado pela escola. Direta ou indiretamente é inserido um pensamento de que as limitações da função de professor coordenador pedagógico estão nas diversas resistências implementadas pelos professores da escola. Porém, poucos professores coordenadores pedagógicos percebem que a ampliação do quadro de professores é uma das pistas essenciais para começarmos construção de um espaço de discussão e reflexão do fazer pedagógico.

Nos últimos encontros da SMED/BH com os professores coordenadores pedagógicos o ponto de discussão ficou em torno da necessidade de se construir as atribuições que serão exercidas pela equipe de Coordenação Pedagógica, permeando assim a urgência de se ter um perfil único. Se por um lado esta decisão apresenta uma necessidade da SMED/BH buscar um perfil de um educador para ocupar a coordenação pedagógica, por outro se alinha a uma lógica que limita as possibilidades do fazer cotidiano nas diferentes escolas da RME/BH. Assim, criar o perfil para ocupar tal função é desqualificar todo o processo democrático construído pela RME/BH ao longo dos anos, além de deixar claro que as diretrizes apontadas passam a ser o ideal de coordenação pedagógica que a SMED/BH quer construir, buscando legitimar tais diretrizes ao consultar apenas os professores coordenadores pedagógicos.

É também preciso repensar as reuniões que acontecem com a equipe da SMED. Assim, se cada escola é convocada a participar dos encontros, podemos deduzir que o professor coordenador pedagógico e mesmo a direção da escola estarão representando as demandas trazidas por seus colegas para a SMED e não apenas as suas próprias opiniões. Mas isto tem acontecido? Em qual tempo, antes das reuniões com a secretaria, estes professores coordenadores escutam seus pares para que a pauta seja construída, levada e apresentada?

É preciso retomar com mais autoridade o lugar da gestão democrática tão discutida nos documentos e pouco respeitada pela SMED em suas formas de agir, é preciso atentar para o problema da aceitação de ordens sem o estranhamento, sem a discussão com o grupo. É preciso entender que a escola não é uma fábrica.

Assim, algumas questões se apresentam: a retomada do Congresso Político-Pedagógico enquanto espaço deliberativo das políticas educacionais a serem implementadas na RME/BH, com a participação dos diversos segmentos da Comunidade Escolar; a discussão sobre a quantidade de avaliações externas, além da função das mesmas no cotidiano escolar e a sobrecarga de trabalho no corpo docente da escola (professores e professor coordenador) ao terem que aplicar, corrigir e lançar os resultados e, finalmente, é preciso intensificar a luta pela ampliação do quadro de professores nas escolas, única solução para que o pedagógico caminhe respeitando todos os sujeitos inseridos no espaço escolar.







[1] Texto elaborado por Wanderson Rocha e Diana Silva com perspectiva de lançar um debate preliminar sobre o papel do professor coordenador pedagógico na Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RME/BH).
[2] Paulo Freire. Título: Pedagogia da Autonomia. Ano da Publicação Original: 1996.
[3] Neste caso, as metas a serem atingidas com o Sistema de Avaliação da Educação Básica « foco principal é Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB», bem como as avaliações externas organizadas pelo governo de Minas Gerais (SIMAVE), pelo Município de BH (AVALIA/BH).

domingo, 6 de maio de 2012

Deliberações Assembleia Geral 19/04/2012

A assembleia do dia 19 de abril/2012 debateu e apontou rumos para
o avanço das lutas da categoria.

Foi apresentado e analisado com a plenária dados e estudos sobre a situação orçamentária e sobre as políticas de financiamento da educação no município. A crescente arrecadação da PBH não tem garantido maior e melhor investimento na educação e nas demais políticas sociais.

De 2006 à 2012 a arrecadação quase triplicou, mas os gastos com a folha de pagamento tem permanecido inalterados e a aplicação legal de 30% na educação tem sido sonegada e limitada à 19%. Mesmo assim, dentro desse orçamento, já reduzido artificialmente, a PBH vem incluindo gastos de outros setores, como da assistência social.

Em contrapartida, além da desvalorização crescente dos profissionais da educação (de 1996 à 2011 o salário médio dos professores em relação ao salário mínimo caiu de 6,21 s.m. para 3,0 s.m.), a PBH avança na perspectiva da privatização da educação com as chamadas PPPs (Parcerias Publico-Provadas) que além de transferir recursos para as iniciativas do capital garantindo-lhes uma margem de lucro sem riscos, coloca em precariedade (terceirização) a relação de trabalho nos serviços e a manutenção das condições do equipamento escolar.

Essas informações e análises são fundamentais para a reflexão acerca da relação do processo de proletarização dos profissionais da educação e do sucateamento da educação e demais políticas sociais (saúde, transporte, habitação, cultura, etc).

Essas ações visam economizar os recursos do município com as camadas das classes trabalhadoras e priorizar a remessa destes recursos para o pagamento das dívidas com o setor financeiro e para o setor das empreiteiras da construção civil.

Dentro das escolas a vida fica cada dia mais difícil. Prescrições do trabalho, falta de autonomia e alienação do nosso trabalho, intensificação do trabalho com novas demandas para a educação, com assédio moral, imposições de substituição, de avaliações, etc., essa situação impõe um enfrentamento de conjunto da categoria, mas mesmo para isto, impõe o fortalecimento da categoria a partir dos grupos dentro da escola.

Se, por um lado, podemos avaliar que estamos conseguindo fortalecer a cada dia o nosso sindicato, por outro, temos que reconhecer que precisamos  nos fortalecer na base da categoria, cada grupo de escola tem de voltar a enfrentar o poder da SMED e PBH dentro do nosso local de trabalho, nas nossas relações de trabalho. Trata-se de disputarmos a autoria, o controle e a autonomia do que temos de mais importante que é a nossa força de trabalho pela educação da classe trabalhadora. (ver texto sobre as OLTs)

BOICOTE AO AVALIA/BH «Clicar no título»

CONSELHO DA PREVIDÊNCIA «Clicar no título»

NÃO À SUBSTITUIÇÃO «Clicar no título»

CAMINHO PARA A SOLUÇÃO «Clicar no título»

Fonte: Sind-Rede/BH

sábado, 5 de maio de 2012

Atividades no Sind-Rede/BH - Maio/2012